terça-feira, 1 de setembro de 2015

Operação Lava Jato: ex-ministro José Dirceu é indiciado pela Polícia Federal

Preso na PF de Curitiba, ex-ministro foi indiciado por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva
Ex-ministro na CPI da Petrobras, na manhã de segunda-feira (31): ele optou por ficar em silêncio
José Dirceu foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, nesta terça-feira (1º), em Curitiba (PR). Além do ex-ministro, a corporação indiciou outras 13 pessoas no âmbito da Operação Lava Jato.
Condenado por corrupção ativa no processo do mensalão, Dirceu cumpria pena de 7 anos e 11 meses em prisão domiciliar em sua residência em Brasília até o início do mês passado, quando a PF o prendeu por denúncias de irregularidades também envolvendo a Petrobras, na 17ª fase da Lava Jato. 
Em 4 de agosto, Dirceu foi transferido para a carceragem da PF em Curitiba (PR), onde a operação é desenvolvida. De acordo com a investigação, o ex-ministro repetiu na Petrobras o esquema de compra de apoio político praticado em seu período como braço-direito do governo Lula, mesmo quando já estava preso por crimes anteriores.
O ex-ministro José Dirceu no momento de sua prisão na Lava Jato, no início do mês passado
"A responsabilidade do Dirceu é, evidentemente, aqui, como beneficiário, de maneira pessoal, não mais de maneira partidária, enriquecendo pessoalmente", afirmou, na época da prisão, o procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima.
Luiz Eduardo, irmão do ex-ministro que foi preso com ele em agosto, ganhou liberdade no último dia 12. A Justiça Federal lhe deu a soltura alegando que apenas a manutenção da prisão de Dirceu seria suficiente para impedir que seu grupo seguisse praticando crimes.  
Relatórios parciais de dois inquéritos referentes à 17ª fase da Lava Jato confirmaram que mais de R$ 59 milhões foram usados para pagamento de propina aos indiciados desta terça-feira – a cifra pode ultrapassar os R$ 84 milhões, segundo a PF. O foco da corporação foi investigar pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o Poder Público, alcançando beneficiários finais e “laranjas” utilizados nas transações.
Os inquéritos agora seguem para o Ministério Público Federal, que deve oferecer denúncia contra os indiciados ainda nesta semana. O prazo para que a promotoria o faça é o próximo domingo (6).
Fonte: iG


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