Dirceu terá de prestar depoimento para esclarecer a suspeita de que recebeu propina de fornecedores da estatal do petróleo por meio de sua empresa, a JD Consultoria. O ex-chefe da Casa Civil, que está preso na Superintendência da Polícia Federal desde o início do mês, deverá ser ouvido pelos deputados federais na próxima segunda-feira (31), em Curitiba, segundo o cronograma da CPI.
Já Marcelo Odebrecht, que está preso desde junho, deve ser ouvido pelos integrantes da CPI na terça-feira (1º) ao lado de outros dois executivos da construtora.
Os depoimentos de Dirceu e Marcelo Odebrecht serão prestados a uma comitiva de deputados que estará na capital paranaense na semana que vem, entre segunda (31) e quinta-feira (3).
A previsão é que as audiências ocorram no prédio da Justiça Federal no Paraná, onde o juiz federal Sérgio Moro despacha. Apesar de o ex-ministro e o dirigente da construtora estarem detidos por ordem de Moro, o magistrado paranaense, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, não precisa autorizar os depoimentos à comissão de inquérito.
De acordo com a assessoria da Justiça Federal, para Dirceu e Odebrecht serem ouvidos pelos parlamentares basta que a comissão comunique formalmente à 13ª Vara Criminal o dia em que a CPI pretende ouvi-los. Então, o juiz irá solicitar que a Polícia Federal(PF) providencie escolta para o ex-ministro e o presidente do Grupo Odebrecht se deslocarem até o local da oitiva.
Os requerimentos de convocação de Dirceu e de Marcelo Odebrecht foram aprovados na manhã desta quinta de maneira simbólica (sem a contagem de votos) junto com outros pedidos de convocação para ouvir, entre outros, o ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada e o ex-gerente de projetos da estatal Celso Araripe de Oliveira.
Condenado no processo do mensalão do PT por corrupção ativa, Dirceu cumpria em regime domiciliar, desde novembro do ano passado, a pena de 7 anos e 11 meses de prisão. No mensalão, ele foi apontado como o mentor do esquema de compra de apoio político operado no Congresso Nacional durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: G1
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